sexta-feira, 2 de abril de 2010

Escolhas de uma vida.



A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".

Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.

As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...

Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.

Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.

Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!
Pedro Bial

Você entende a cabeça dos homens? - Faça o teste abaixo.




Entender a cabeça das mulheres... e as dos homens? Entender a cabeça de homens ou mulheres é tarefa árdua, pois o que pode ser mais intrigante do que tentar descobrir o que o outro pensa? Homens afirmam que nós sensíveis mortais somos tão instáveis a ponto de qualquer oscilação climática afetar nosso temperamento, mas e eles são tão lineares assim? Já constatei que um convívio é em geral conturbado quando ambos procuram razões demais para serem felizes para sempre. A mulher sente-se incompreendida e o homem pressionado demais. Ah, e por falar em pressionado demais, aí vai uma dica: quando ele estiver quieto, de cara feia ou algo do gênero, deixe-o em paz, e vá para o shopping com as amigas, mas não se esqueça de levar o cartão de crédito ou débito dele para dar um passeio, pois isso te deixará mais feliz quando voltar e ainda encontrar aquele serzinho inerte no sofá e sendo hipnotizado pela tv da sala. É lógico que tudo isso é apenas uma piadinha e abaixo coloquei um teste para saber se você entende a cabeça dele. E, sem querer ser pretensiosa, o resultado do meu teste saiu que sou Expert, mais isso não garante nada, pois mulher que sabe demais... acaba amedrontando o pretendente.

http://www.bolsademulher.com/testesperfil/secao/103/1273

A Real...


Cheguei em algum lugar...
Depois de encontros e desencontros ao longo da vida, começo a lucubrar o que é o convívio em sociedade de forma absurdamente despida. Em algum momento parece que me perdi, ou será que me achei? Exatamente, ainda não consegui me definir se é mais para cá ou para lá. Porém, o mais importante é que hoje consigo visualizar as relações, em geral, da forma mais crua possível, e sei que isso causa um certo choque social, para não dizer que é mais para suicídio social.
Sigo o seguinte raciocínio: Se você é realista, os outros te acham pessimista, se você é pouco romântico te acham um desligado sentimental, se és sincero demais, é melhor não te ter por perto. Isso é um contrário senso do meu ponto de vista, e aqui já estou querendo aplicar a minha total ausência de “papas na língua”, mas depois de conhecer o lado obscuro da força da hipocrisia, concluí que se for para ficar de falsos beijinhos e falsos amores com a megera que queima teu filme na sua ausência, ou com um panaca qualquer que faz sobra com chapéu alheio, é melhor virar eremita e buscar o sexto grau de purificação no budismo.
Mas, nem tudo são críticas, há também o lado passional da razão perdida, ou melhor, as pessoas gostam de encenações de “pseudos” compadecimentos em meio ao caos que assola as suas vidas.
Ainda não desisti do ser humano, ainda acredito que exista salvação para a convivência em sociedade, acredito que ainda possa existir um fiapo de sinceridade em meio a um emaranhado de perfídia.
Contudo vou destilar um pouquinho daquilo que condimenta meus comentários e resumirei a ópera: "quanto mais conheço alguns seres da minha raça, mais estreito meus laços afetivos com cães, gatos, periquitos, papagaios e afins."